Passado e Futuro

| 16 maio 2009

Nesta última quinta-feira (14) foram lançados ao espaço dois telescópios, Herschel e Planck, capazes, respectivamente, de “ver” os primeiros instantes do universo e de analisar como será a formação do espaço daqui a alguns milhares de anos. O lançamento dos mais sofisticados telescópios já vistos pela humanidade enchem de esperança os cientistas que esperam ansiosos por dados a serem revelados pelas máquinas para entender o início e o futuro da vida.
O Maior telescópio espacial do mundo, chama-se oficialmente de Observatório Espacial Herschel. O nome é uma homenagem ao astrônomo britânico William Herschel, que descobriu a radiação infravermelha em 1800.

Com seu espelho de 3,5 metros de diâmetro, o Herschel é o maior telescópio espacial já lançado, sendo quase quatro vezes maior do que o atual telescópio de infravermelho da NASA, o Spitzer. O telescópio como um todo mede 7,5 metros de altura e 4,5 metros de diâmetro. Ele conseguirá "olhar" para os momentos iniciais logo após o Big Bang com uma precisão que os cientistas hoje podem apenas sonhar.

O principal objetivo do telescópio espacial Herschel será estudar a formação de planetas, estrelas e galáxias e investigar como esses fenômenos se inter-relacionam.
Herschel será capaz de detectar emissões de calor extremamente tênues que, no senso comum, muito bem poderiam ser chamadas de "emissões de frio, sendo capaz de detectar a radiação emitida por objetos com uma temperatura de -263º C (10 K).

O telescópio levará cerca de dois meses até atingir sua órbita estável, no chamado Ponto de Lagrange L2, um ponto de estabilidade gravitacional localizado atrás da Terra em relação ao Sol, o que significa que ele estará sempre no lado noturno da Terra. Isso permitirá que ele tenha uma visão do céu sempre escuro, sem dos distúrbios da radiação e da gravidade do Sol, da Terra e da Lua.

O telescópio de infravermelho Herschel foi lançado no mesmo foguete que levou o telescópio espacial Planck

Enquanto o Herschel vai olhar para os primeiros instantes do Universo, o telescópio espacial Planck tem a preocupação oposta. Sua principal missão será estudar como o Universo se desenvolverá, como ele irá mudar e com o que se parecerá no futuro.

Sem uma bola de cristal, contudo, ele começará aprendendo com o passado, olhando para trás no tempo, menos de 400.000 anos depois do surgimento do Universo, cerca de 14 bilhões de anos atrás.

O nome do telescópio é uma homenagem ao físico alemão Max Planck, ganhador do Prêmio Nobel em 1918 por seus estudos sobre a radiação. Além de cientista brilhante, Planck foi o maior responsável por retirar Einstein do anonimato da sua função de funcionário público e tornar seus trabalhos famosos mundialmente.

Segundo os pesquisadores, o Planck coletará dados 15 vezes melhores do que o melhor telescópio de micro-ondas atual, o WMAP, da NASA (veja O que existia antes do Big Bang?). Esse poder pode dar uma ideia das descobertas que os cientistas esperam, uma vez que foi o WMAP que conseguiu medir a composição do Universo, estabelecida em 72% de energia escura, 23% de matéria escura e apenas 5% da matéria comum, da qual somos constituídos.

FONTE
http://www.inovacaotecnologica.com.br/

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