O vestibular sofreu sua maior modificação desde a sua criação em 1998, e pegou de surpresa todos os estudantes do ensino médio e concluintes que buscam uma vaga no ensino superior federal. A mudança abrupta, no entanto, foi bem recebida pelas universidades federais; das 55 existentes, 26 já aderiram à novidade, sendo que destas, 14 aboliram a antiga prova e adotaram o Exame Nacional do Ensino Médio como etapa única, e apenas sete recusaram o novo modelo, as restantes ainda encontram-se em negociação.
A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), por sua vez, também irá utilizar a nota do Enem como critério de classificação para novos alunos a partir do Vestibular 2010. Entretanto, os vestibulandos terão que enfrentar uma segunda etapa, a ser aplicada pela Covest. A decisão saiu no início da tarde da última sexta-feira (08/05), no Auditório João Alfredo, na reitoria da UFPE.
Foram necessárias três reuniões fechadas do Conselho Universitário, além de outras duas abertas à comunidade acadêmica, para se chegar à decisão do novo formato do vestibular da UFPE, afirma o reitor Amaro Lins.
A presidente da Covest, Lícia Maia, vai se reunir com a Pró-reitora Acadêmica da UFPE, Ana Cabral, para definir os detalhes da prova da segunda etapa e apresentar o projeto ao Conselho Universitário ainda esta semana. Entretanto, é praticamente certo que a segunda etapa vai contar com um exame de Língua Estrangeira (disciplina não contemplada entre os testes exigidos pelo Enem) e a nota da redação será a da próprio Exame Nacional do Exame Médio. A nota final do candidato vai resultar da combinação das notas obtidas nas duas fases, em proporção de 50% para cada etapa.
A taxa de inscrição para a segunda fase da Covest também não foi determinada. A intenção é isentar os alunos de escolas públicas do pagamento. A pró-reitora Ana Cabral destaca a medida como mais um passo no processo de inclusão social dos estudantes do Ensino Público.
Como é o novo Enem?
De acordo com a proposta do MEC, a prova do novo Enem será realizada em dois dias. Com 200 testes de múltipla escolha, serão avaliadas as áreas de linguagens; códigos e suas tecnologias (incluindo redação); ciências humanas e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias e matemática e suas tecnologias.
Ao se inscrever para a prova, o estudante terá o direito de optar por cinco cursos e instituições e, de acordo com a nota, simular a posição no curso pretendido, em comparação com as notas dos demais concorrentes. No sistema unificado, os pesos das provas podem ser diferentes, caso a instituição queira.
A proposta prevê a aplicação do novo Enem nos dias 3 e 4 outubro deste ano e a divulgação das provas em 4 de dezembro. A divulgação do resultado final, com a correção das redações, foi sugerida para 8 de janeiro do próximo ano.
0 comentários:
Postar um comentário