Anac prevê descontos de até 50% para passagens aéreas de longa distância

No dia 22 de abril a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) iniciou o processo de liberação das tarifas, que prevê que os preços dos bilhetes aéreos internacionais de longo curso, com saída do Brasil, poderão ter descontos de 30% a 50%. Segundo a presidente da Agência, Solange Paiva Vieira, neste momento de crise financeira a flexibilidade tarifária é “bem-vinda”; os aviões poderão se manter cheios, por meio da repassagem aos consumidores dos ganhos de eficiência através de descontos. A medida estimula a concorrência entre as empresas de aviação e significa economia para aqueles que pretendem viajar para o exterior.

A decisão foi bombardeada por representantes de empresas aéreas e sindicatos dos trabalhadores do setor, em sessão da Comissão de Turismo da Câmara. No entanto, a audiência não contou com representantes dos órgãos de defesa dos consumidores ou empresários do setor de turismo. Estavam representados apenas as empresas aéreas e seus empregados.

Paulo Castello Branco, vice-presidente da TAM, única companhia nacional que voa para destinos mais longos como Europa e Estados Unidos, diz que a Anac distorce dados ao comparar tarifas promocionais de empresas estrangeiras, com as tarifas cheias da TAM. A princípio a empresa foi contra o fim do preço mínimo, hoje afirma que não é contra a liberdade tarifária total, mas pede mais tempo para sua implantação.

Existe um critério de preço mínimo oferecido para passagens de vôos a longa distância, que deve aos poucos quebrar suas barreiras de limite. A Anac prevê que até abril de 2010 a liberação para descontos seja total. As concessões para redução de preços são opcionais, mas a concorrência obrigará as companhias a nivelarem suas tarifas, com o objetivo de atrair mais clientes. A Anac acredita que as empresas brasileiras conseguirão manter a competitividade e não serão prejudicadas.

A medida já havia sido adotada para vôos com destino a países da América do Sul, que desde setembro de 2008 não tem mais preço mínimo.

Fontes:A Tarde
Hoje Notícias